1. |
Kuarup
06:39
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No Morená, onde os rios se encontram
Mawutzinin estabelece sua vontade
E dos troncos Kuarup
O Pajé inicia o ritual
Sob pinturas com urucum e cinzas
Formas são estabelecidas
Grandes celebrações adentram a noite
Um transe coletivo ao som dos Maracá-êp
Ouça o chamado
Eis o Grande Pajé
É Mawutzinin
Que busca transcender a morte
Sob totens animalescos
Impressos em nossa carne
Revivemos tempos imemoriais
Na grande festa dos mortos
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2. |
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O som da marcha quebra / O silêncio das matas
Muras e Parintintis / Alvos da fúria Munduruku
Paikicés – supremos!
Pariuate-rã – troféus!
Salve Mundurukânia!
Salve Karu-Sakaibê
As Hordas retornam
Cabeças são ostentadas
Mumificação e glória
Celebramos
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3. |
Wãkãtin
05:10
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Não mais sob a égide dos velhos – abundância se esvai da selva
O manto verde não acolhe mais – é apenas sepulcro
Incautos em direção ao submundo
Anunciam as formigas de fogo
Que devoram carne e espírito
Sábios putrefatos
A falange da morte marcha!
Wãkãtin (profanador da vida)
Myrakãwera (o inferno verde)
Onde os fracos são crucificados
Em festim infernal – devorados
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4. |
Reminiscências Tarairiu
04:32
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Oh, O Todo Poderoso Sol regressou
Coroando este amado cadáver
Com respeitosos sacramentos
Dissecado e assado
Ossos roídos
Sua carne – consumida
Convocando as entidades Tarairiu
Eles provam do meu espírito
E bebem das minhas cinzas
Minha vitalidade
Tornam-me uma prova jubilosa
Entre os meus
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5. |
Ibirapemas
04:19
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Cantaram as ibirapemas – Por minhas mãos
Dançaram as ibirapemas – Por minha vontade
Em crânios alheios – Saciados do arbítrio
Em perecer no ventre rival – Sob signo da Vingança
Cauim e ofensas – A carne do opositor
Escarificado e recluso estou
Após o repasto de gloriosa cerimônia
Debe mara pa, xe remiu ram begue
Nde akanga juka aipota kuri ne
Xe anama poepika re xe aju
mokaen sera kuarasy ar eyma rire
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6. |
Itaretama
06:33
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Neblina que chega com a aurora
Violentada pelos raios solares
Dissipada pela serpente flamejante
Ecoa o brado do feiticeiro
Um oceano escaldante surge
Sucumbo em mortal cupidez
Do sumo arbóreo – entorpeço
De totens líticos – suplanto
Imolo as artérias de pedra
Banhado por sol e sangue
Em templos-lajedos
E cáustico solo - renasço
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Black Metal from Natal/RN - Brasil
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